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Natureza, Medicina Oriental e o Sistema Honnō de Saúde

 

Dr. Sohaku Bastos,Ph.D.

Presidente–executivo do I Congresso Internacional Brasil-Japão de Acupuntura e Eletroacupuntura Científica

Natureza, Medicina Oriental e o Sistema Honnō de Saúde

A vida é marcada pelo conjunto de espécies em permanente estágio evolutivo. Apesar de não termos presenciado o “salto evolutivo” no qual uma espécie tornar-se-ia outra espécie, a teoria de Darwin é um fator irrefutável no entendimento da vida e de seus sistemas vivos, desde os ecossistemas aos seres, sendo esses uni ou pluricelulares.

Na composição do corpo humano podemos encontrar estruturas que remetem a organismos menos desenvolvidos. Algumas células do corpo humano reagem da mesma maneira que as bactérias e os protozoários, na forma de absorver nutrientes, na forma de se locomoverem etc. As pesquisas inovadoras de Dr. Toru Abo demonstram a importância dessas estruturas no funcionamento do sistema imunológico humano, revelando a inteligência inata, com base no princípio da ordem e holoinformação, com que o corpo humano utiliza as células do sistema imunológico para eliminar substâncias tóxicas e se desfazer de tecidos comprometidos, mantendo um estado permanente de bio-regeneração.

Seguindo este princípio é que o corpo humano consegue se manter saudável e hígido. Ao sermos acometidos por situações agressivas, seja por toxinas externas ao organismo (xenotoxinas), seja por estresse e tensão, nosso organismo é inundado por substâncias endógenas produzidas pelo organismo com o intuito de nos manter vivos. Assim, mecanismos de “limpeza” de células comprometidas, sobretudo da matriz extra-celular são acionados, fazendo uma varredura em nossos tecidos. Passando-se a situação estressora, quando estamos relaxados, nosso organismo, então, aumenta a produção de leucócitos (linfócitos) que farão a limpeza das substâncias tóxicas.

Todo esse processo de tensão/relaxamento é regulado pelo sistema nervoso autônomo e acontece em ciclos, assim como o dia e a noite. O organismo humano se desenvolveu em harmonia com a natureza, através de ciclos ou ritmos, que ocorrem em sincronia com o ambiente externo, como variações entre o dia e a noite, o verão e o inverno, as fases da lua e etc. Todos os seres vivos apresentam tais ciclos ou ritmos, eles são chamados de circadianos, quando as mudanças fisiológicas ocorrem em períodos equivalentes a 24 horas; ultradianos quando ocorrem em períodos menores e infradianos quando ocorrem em períodos maiores de tempo, como o ciclo menstrual de 28 dias.

A antiga Medicina Oriental sempre enfatizou respeito à natureza e às leis do universo como forma do homem gozar de plena saúde e de conquistar a longevidade. As práticas e terapias de cura da Medicina Oriental são formas de restabelecer essa sintonia que todos os seres vivos possuem em relação à dinâmica universal. Se a natureza do movimento humano não estiver em sincronia com os movimentos do universo estará estabelecido o desequilíbrio causador de diversas enfermidades.

Restabelecer o equilíbrio do sistema biorregulatório humano, unindo o homem à natureza, significar dizer, seu estado natural de saúde e bem-estar, é o objetivo do Sistema Oriental Honnō de Saúde. Integrando os conhecimentos da Medicina Oriental às descobertas e métodos da ciência contemporânea e à terapia Honnō-Ryohō, é possível levar o indivíduo a sintonizar seu movimento interno-externo, resgatando seu próprio equilíbrio.

Através das práticas dos verdadeiros movimentos de cura o indivíduo pode experimentar estados extraordinários de consciência, acarretando não apenas a prevenção de doenças, mas à própria expansão da consciência. O papel do terapeuta, neste caso, deveria ser de educador e observador e não apenas de curador, limitando sua intervenção ao mínimo possível, o que requer do mesmo uma preparação abrangente, sobretudo no que diz respeito ao discernimento e a capacidade de interagir com o paciente e consigo mesmo.

Harmonizar a energia do céu e da terra no próprio corpo, resgatar a identidade original e a capacidade de auto-organização demonstra a inteligência inata de bio-regeneração que possuímos. O autoconhecimento indica nossos limites e, também, nossas capacidades que nos proporcionam a liberdade que necessitamos para criar, evoluir e estabelecer identidades, não só como indivíduos, mas também como sociedades.

 

I Congresso Internacional Brasil-Japão de Acupuntura e Eletroacupuntura Científica

 

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