Ecologia Humana : o
verdadeiro significado Honnō |
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“A
ecologia é vista como a ciência que estuda as relações dos
seres vivos entre si e desses com o meio orgânico e inorgânico
no qual vivem. Dessa forma, a Ecologia Humana é definida como
um ramo da ecologia que estuda as relações das comunidades
humanas com o meio ambiente”, afirma Dr. Sohaku Bastos.
No
Extremo-oriente, a concepção de Ecologia Humana tem uma
estreita relação com a capacidade do ser humano de interagir
com a natureza, diferente da percepção ocidental. Uma visão
mais ampla e profunda dessas interpretações é o que de fato
exprime a ciência da Medicina Oriental Honnō dentro do
contexto ocidental.
No
ocidente é comum interpretar a Medicina Oriental como um punhado de teorias filosóficas
relacionadas a entidades religiosas, seitas e congregações,
sem uma base científica que comprove seus resultados.
Tratando-se
de práticas relacionadas à prevenção de doenças e manutenção
da saúde, de médio e longo prazo, tornam-se menos perceptíveis
que os tratamentos ocidentais, baseados em medicamentos e
cirurgias para pacientes em estado grave.
Com
a evolução científica dos últimos 30 anos tem sido possível
comprovar a eficácia das terapias tradicionais do Oriente,
principalmente da Acupuntura. As neurociências, dentre outros
segmentos da pesquisa científica, tem elucidado os mecanismos
de ação de muitas práticas de saúde do Oriente.
"É
bom lembrar que a medicina ocidental quase sempre trata o
paciente quando este já está debilitado, não percebendo o estágio
inicial de desarmonia que leva o paciente à doença".
Quando
a Medicina Oriental foi traduzida para os idiomas ocidentais,
seus intérpretes, em grande parte, não puderam transmitir a
amplitude de significados que o estudo da medicina tem para os
orientais. Houve e ainda há muitas incorreções em seus
significados.
É
fato que a Medicina Oriental contém muitos ensinamentos
filosóficos que esclarecem sobre as forças da natureza humana
e do Universo.
O
desenvolvimento humano acompanha constantemente as descobertas
da ciência, a Medicina Tradicional seguiu o mesmo percurso. Desde os
primórdios, esta medicina observa no ser humano os
efeitos das terapias de toque, evoluindo para uso das ervas,
acupuntura, moxabustão etc.
A
natureza humana tem todo o potencial inato de desenvolvimento, não
se limitando somente ao conhecimento objetivo, mas, também, a
criatividade, ao auto-aprendizado e a todas as demais faculdades
naturais inerentes ao ser humano.
"Uma
maneira mais simples de interpretar a natureza humana é
interpretar a natureza em geral, sempre em constante transformação
e desenvolvimento".
O
estudo da relação do ser humano com o seu meio ambiente
natural como simples referência à Ecologia Humana, coloca o
Sistema Honnō
de Saúde em contato com a maneira ocidental de observar a ciência.
O ser humano possui um ambiente interno vivo, são 100 trilhões
de microorganismos convivendo com as nossas 10 trilhões de células.
Somos também mais de 6,5 bilhões de indivíduos da mesma espécie
convivendo entre si e um número incontável de seres de outras
espécies, todos convivendo no mesmo planeta.
Como tratar dessas relações com equilíbrio e responsabilidade
sem que nós ou as outras espécies sejam prejudicadas ou
favorecidas em demasia? Como lidar com as questões ambientais
do nosso organismo interno e do nosso meio externo? Como viver
em paz, tranqüilidade e harmonia num mundo tão povoado e cheio
de desrespeito com a natureza?
Estas e outras questões não podem ser respondidas sem uma
reflexão profunda com amplitude de saberes e conhecimentos. As
milenares ciências orientais nos possibilitam uma visão mais
filosófica, profunda e complexa de nossa constituição, a
otimização das relações que temos com ambiente externo e
especialmente da conscientização das energias sutis, que nem
sempre percebemos existir dentro e fora de nós. A
Verdadeira Medicina Tradicional nos coloca em contato com nossa
própria natureza.
O Sistema Honnō
de Saúde engloba todas estas questões, enfatizando a natureza
humana e tratando de maneira integrada as diversidades de cada
ser humano, através de um contexto individualizado, no qual
cada praticante pode desenvolver sua capacidade de criatividade,
renovação da vitalidade e, também, de todos os seus
potenciais inatos e adquiridos.
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