Desde
o início da história da humanidade houve uma grande preocupação
do homem com sua sobrevivência e sua saúde. O instinto de auto-preservação
dotou o ser humano de uma inteligência inata capaz de
distinguir o que é essencial do que é totalmente desnecessário
à sua vida.
O
homem moderno, infelizmente, perdeu a capacidade de discernir,
intuir e identificar as situações que ameaçam sua integridade
física e mental, expondo-se a situações extremamente deletérias
para sua saúde e para sua vida. Assim começou a História do
Honnō e da própria medicina oriental: preservando a vida
e a saúde, bem como, fomentando o bem-estar e a felicidade.
O
Honnō se fundamenta na dinâmica do universo como
entendimento da própria vida. Conhecido como a antiga medicina
natural japonesa Honnō (Bian Chie, em chinês), foi
influenciada pela milenar medicina chinesa. O Honnō se
baseia na observação do ser humano em integração com a
natureza e com o universo, formando um todo indivisível e
coerente.
Saiba
mais...
O
Honnō como processo terapêutico e sistema preventivo de
saúde foi se aperfeiçoando nos séculos mais
recentes, tornando-se conhecido no Japão como Honnō-Ryohō.
Ensinado de mestre para discípulo, o método terapêutico Honnō da medicina
oriental acompanhou a família Iwata, no Japão, até ser
transmitida ao Dr. Sohaku Bastos, no início dos anos 70:
“Aprendi
com o mestre Iwata, que aprendeu com seu pai, a arte-ciência da
natureza humana Honnō. Aquele sisudo mestre
de medicina oriental tinha, em verdade, um
coração puro e incontaminado como de uma criança e uma
rara sensibilidade na relação com as pessoas”. Segundo Dr.
Sohaku, o mestre Iwata afirmava: “As pessoas dizem que quem vê
cara não vê coração, mas isso não corresponde à verdade. Quem vê
cara, vê coração. O problema é apenas saber olhar o coração”.
Na
segunda metade do século XIX, no Japão, o professor Tokunosuke
Iwata na busca desesperada para a cura da grave
enfermidade que afligia sua filha mais velha, procurou um mestre
de medicina oriental chamado Honmei que prometeu curá-la em
apenas 13 dias, através de práticas terapêuticas energéticas
mente-corpo. A estranha enfermidade poderia ser comparada hoje
em dia a uma doença auto-imune que comprometia as articulações e
a função renal (lúpus eritematoso sistêmico?). Contudo, o
tratamento indicado surtiu efeito.
(Prof.
Tokunosuke Iwata, fundador da Associação Japonesa de Medicina
Oriental
Honnō
e pai do Dr. Yuji Iwata, mestre do Dr. Sohaku
Bastos.)
Devido à cura surpreendente de sua filha, Tokunosuke resolveu
aprender o método terapêutico empregado e, anos depois, começou
a clinicar com os conhecimentos adquiridos. Iniciou um trabalho
de divulgação do método Honnō de Medicina Oriental em todo o
Japão. Trabalhou em diversos hospitais, conseguindo apoio e
cooperação de muitos médicos alopatas da época.
Por volta de 1905, o método
Honnō
ganhou muitos adeptos na classe médica no Japão. Tal foi o
sucesso que Tokunosuke resolveu
escrever livros com a ajuda de seus alunos médicos, os quais
pesquisaram o método Honnō nos campos da psicologia, biologia e
medicina. Nessa época, seu filho e seguidor Dr. Yuji Iwata já
estudava com o pai.
Foto
de Dr. Yuji Iwata em meados do século XX. |
Prof. Tokunosuke ministrou cursos em todo o Japão, em Taiwan na
China, na Manchúria, na Coréia e nas Ilhas do Sul do Japão.
Contudo, o advento da primeira e, posteriormente, da segunda Grande Guerra provocou um
declínio das práticas de saúde da medicina oriental, por força
da proibição das mesmas, sobretudo em 1945, quando ocorreu o bombardeio
das grandes cidades do Japão e a destruição de escolas,
hospitais, universidades etc.
Foto
de formatura de uma turma do início do século XX |
Após o período da última proibição (1945–1948), a medicina oriental no
Japão foi resgatada e com ela o método milenar Honnō. Nesta
época, com o falecimento de seu pai, Dr. Yuji Iwata assumiu a
direção da instituição de medicina oriental fundada por seu
genitor.
Em
1973, Dr. Sohaku Bastos, que estudava medicina oriental no
Japão, foi apresentado ao Dr. Yuji Iwata na Escola de Medicina
Humana de Osaka (Ningen Igaku-in) dirigida pelo Dr. Takaaki
Ohura, especialista em nutrologia. Dr. Iwata lecionava o método
Honnō de medicina oriental nesta escola e, também, em sua
instituição particular de ensino na cidade de Tsuyama, no
Japão.
Após ser aceito como discípulo de Dr. Iwata, Dr. Sohaku
juntamente com seu colega Dr. Yoshishige Okai, concluíram o curso de
mestrado no final de 1974.
Dr.
Iwata ladeado por seus alunos Sohaku e Okai, após a formatura
do curso de mestrado.
Após
34 anos, Dr. Sohaku e Dr. Okai se reencontram no Colégio
Brasileiro de Cirurgiões, Rio de Janeiro, durante o Congresso
Internacional Brasil-Japão de Acupuntura e Eletroacupuntura
Científica e
proferem Conferência sobre o Sistema Honnō
de Saúde.
Dr. Sohaku pode
ser considerado um mestre remanescente do método Honnō, não
apenas no Brasil, mas no mundo.
O
Japão, assim como os demais países do Extremo Oriente, perdeu no
decurso de sua história e de suas guerras, a conexão com as
gerações passadas em diversas tradições como a Medicina
Oriental (Toyo Igaku e Kanpo Yaku). Por esse motivo,
mesmo no Oriente, é difícil encontrar mestres voltados para a
integração das práticas de saúde pelo modelo tradicional. A
esmagadora maioria dos profissionais que se dedica à medicina
oriental, tanto no Japão quanto na China e na Coréia, emprega
a acupuntura e outros recursos terapêuticos unicamente
na cura de
doenças e no controle de seus sintomas. Raramente se dedicam à promoção
da saúde, consoante o método Honnō.
O
método
Honnō-Ryohō associado às diversas técnicas da Medicina
Oriental, sob orientação de Dr.
Sohaku Bastos e colaboradores, estão disponíveis na
Academia Honnō de Saúde, sediada no Rio de Janeiro.
“Atualmente, o ser humano está desconectado de sua verdadeira
natureza original e procura alternativas e soluções para a sua
saúde e seu bem-estar por um caminho que a medicina convencional
está longe de entender”,
afirma Dr. Sohaku Bastos.
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